Author(s):
Belo, Joana ; Carreiro-Martins, Pedro ; Papoila, Ana Luísa ; Palmeiro, Teresa ; Caires, Iolanda ; Alves, Marta ; Nogueira, Susana ; Aguiar, Fátima ; Mendes, Ana ; Cano, Manuela ; Botelho, Maria A. ; Neuparth, Nuno
Date: 2022
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.18/8616
Origin: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde
Subject(s): Qualidade do Ar Interior; Saúde; Exposição Ambiental; Idosos; Ar e Saúde Ocupacional; Avaliação do Risco
Description
No estudo geriátrico dos efeitos na saúde da qualidade do ar interior em lares da 3.ª idade de Portugal (GERIA) foi estabelecido como objetivo principal de estudar os efeitos da qualidade do ar interior (IAQ) de equipamentos residenciais para pessoas idosos (ERPI) na saúde respiratória de idosos institucionalizados. Um total de 269 idosos responderam a um questionário elaborado pela equipa de investigadores do projeto GERIA, realizaram uma espirometria e a 150 idosos foi recolhida uma amostra de condensado brônquico exalado (EBC), para análise do respetivo pH e concentração de nitritos. Em relação aos dados sociodemográficos destaca se uma média de idade de 81,9±7,5 anos e uma maioria (70,6%) de idosos do sexo feminino. Relativamente aos resultados da espirometria, observou se que 14,5% apresentaram uma obstrução das vias aéreas. Os valores medianos das concentrações dos poluentes ambientais não revelaram uma concentração acima do referencial de segurança, porém foram observados valores máximos elevados e acima desse referencial. Da análise multivariada verificou se que cada incremento de 100 µg/m3 nos compostos orgânicos voláteis (TVOCS) se encontrava associado positiva mente a possibilidade acrescida dos idosos terem reportado infeção respiratória nos últimos três meses (=1.05; 95% CI: 1.00 to 1.09). Verificou se que o valor do pH diminuía com uma maior exposição a PM2,5 (= 0.04, 95%: 0.06 to 0.01e por cada aumento de 10 µg/m3). No que concerne à exposição a bactérias, verificou se que esta se associava positivamente à possibilidade dos idosos terem uma FVC diminuída (= 0,53, 95%: 0,87 a 0,20) e uma relação FEV1 /FVC aumentada (=0,22, 95%:0,08 a 0,37)