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Adaptação cultural e validação da escala de Braden para a pessoa internada em Cuidados Intensivos, em Angola

Autor(es): Pinto, Susana ; Assunção, Marta ; São João, Ricardo ; Domingues, Tiago ; Alves, Paulo ; José, Helena

Data: 2021

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.15/4088

Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Santarém

Assunto(s): Lesão por pressão; Doente crítico; Cuidados intensivos; Avaliação de risco


Descrição

Introdução: A avaliação do risco de desenvolver lesão por pressão (LPP) é uma medida de boas práticas e deve incluir o uso de um instrumento preditor de risco, sendo um deles, a escala de Braden. Esta contempla seis categorias e o score varia entre 6 e 23 pontos [1]. Para poder ser usada no contexto clínico em Angola esta escala carece de adaptação cultural e validação [2]. Objetivos: Descrever o processo de adaptação cultural da escala de Braden para Angola. Determinar as propriedades psicométricas da escala. Metodologia: Realizou-se um estudo metodológico [2] após autorização das autoras da escala de Braden para a sua utilização em Angola. A escala na versão português padrão foi avaliada por um grupo de oito enfermeiros especialistas, peritos angolanos dando resultado à escala de Braden para Angola. Procedeu-se à retrotradução para inglês e envio às autoras. Para a avaliação da validade preditiva realizou-se um estudo observacional, descritivo, longitudinal e prospetivo numa UCI, em Luanda, entre setembro e dezembro de 2019, com uma população de 110 doentes. A análise dos dados foi realizada com recurso ao software R e o ponto ótimo de corte para o desenvolvimento de LPP foi determinado pelo modelo de regressão logística. Resultados: Da avaliação dos peritos resultaram oito sugestões de mudança, duas delas excluídas pelo investigador por alterarem o contexto da definição da subcategoria. A nova versão mantém o sentido da escala original e isso foi assegurado pelas autoras. Nesta população, considerando um nível de significância α= 5 a variável explicativa da pontuação da escala de Braden é estatisticamente significativa (valor-p<0.001). O ponto ótimo de corte resultou na pontuação 12, sendo o que assegura melhor equilíbrio entre a sensibilidade (67%) e a especificidade (82%). A área abaixo da curva ROC para este ponto de corte foi de 0.687 (IC de 95%), correspondendo a um poder discriminante aceitável. Conclusões: Pelas suas características psicométricas, a versão angolana da Escala de Braden é um instrumento válido para avaliar o risco de desenvolvimento de LPP em UCI.

Tipo de Documento Objeto de conferência
Idioma Português
Contribuidor(es) Repositório Científico do Instituto Politécnico de Santarém
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