Barreiras à implementação da promoção e educação para a saúde em meio escolar: a perceção dos professores e dos enfermeiros de saúde escolar

• Author(s): Lusquinhos, Leonel ; Gurreiro, Rui ; Carvalho, Graça S.
• Date: 2024
• Persistent ID: https://hdl.handle.net/1822/93011
• Origin: RepositóriUM - Universidade do Minho
• Subject(s): Promoção da saúde; Saúde escolar
• Document Type: Other
• Language: Portuguese
• Contributor(s): Universidade do Minho

Description

Introdução: Os progressos relativos à Saúde Escolar têm sido evidentes em toda a Europa, tendo passado de uma visão reduzida focada exclusivamente no currículo, para uma abordagem mais abrangente com recurso a múltiplas estratégias e políticas. Na literatura foram identificados fatores que dificultam a implementação de programas e projetos de Promoção e Educação para a Saúde em Meio Escolar (PEpS-ME), nomeadamente, o foco nos conteúdos programáticos das diferentes disciplinas e a falta de apoio institucional, o stress, a sobrecarga de trabalho e frustração, devido ao trabalho adicional gerado pela prática, e reações negativas de colegas. Objetivos: Este estudo pretende dar resposta à questão: Quais os constrangimentos identificados pelos professores e enfermeiros de saúde escolar relativos à implementação de programas e projetos de PEpS-ME? Metodologia: estudo descritivo, qualitativo, com recurso à técnica de entrevista semiestruturada realizada a professores e a enfermeiros que exercem a sua atividade em saúde escolar. Resultados: Participaram 31 professores e 6 enfermeiros de 6 agrupamentos de escolas de Braga. Da categoria Constrangimentos emergiram duas subcategorias: implementação e recursos. Relativamente à implementação os professores identificaram como barreiras a burocracia e o enredo legislativo. Professores e enfermeiros referiram a extensão dos currículos e a necessidade de cumprir os programas, a necessidade da sensibilidade dos professores e a existência de várias entidades a trabalhar na escola. No que diz respeito aos recursos os professores identificaram a ausência de financiamento. Os professores e enfermeiros referiram a falta de tempo e horas alocadas, o transporte das equipas de saúde e a falta de recursos humanos. Conclusões: É necessária uma intervenção junto das direções das escolas de forma a sensibilizar para a PEpS-ME, as propostas de programas e projetos de PEpS-ME nas escolas devem ser articuladas de forma a não sobrecarregar as escolas e é urgente a alocação de enfermeiros e de financiamento.