Inclusão e identidade: um estudo da apropriação do Assentamento Che Guevara sobre as tecnologias digitais (CRID: uma proposta de comunidade digital rural (PD00.2012.PJ.0476))

• Autor(es): Barbosa, Janyara Emanuelly Bernardo ; França, Roberta Cavalcante de ; Marinho, Emilly Victória de Oliveira ; Borges Neto, Hermínio
• Data: 2021
• Origem: Oasisbr
• Assunto(s): Inclusão digital; Integração social; Educação rural
• Tipo de Documento: Outro
• Idioma: Português

Descrição

Incluir-se digitalmente ainda é uma realidade distante para determinados grupos. Com as disparidades existentes entre a sociedade, a inclusão digital se faz desigual para muitas pessoas, sendo as menores comunidades as mais afetadas. Tais desigualdades acabam por restringir alguns grupos de usufruírem de artefatos digitais elementares na construção cultural e social. A exigência de um domínio básico do computador para ocupar postos de trabalho está cada vez presente em anúncios de emprego, fechando as portas do mercado para os chamados “excluídos digitalmente”. Ao refletir sobre tal sensibilização este estudo se utiliza do postulado “o que é inclusão digital?” para analisar os efeitos que ela provoca no Assentamento Che Guevara, e o envolvimento dos gestores do projeto de extensão da UFC, Centros Rurais de Inclusão Digital - CRID. O projeto tem como propósito, possibilitar a inserção digital em assentamentos rurais, através de formações específicas. O projeto tem como parceiros a FETRAECE, INCRA e como financiador o CNPq. A presente pesquisa teve como base a análise do planejamento e do relatório da formação chamada de “Batismo Digital”, que versa sobre a nomeação dos computadores que ganham nomes de comunidades vizinhas. O objetivo desta formação é aproximar a comunidade da possibilidade para transformar um espaço com computadores em um lugar representativo das atividades sociais, culturais e econômicas. Nosso principal referencial teórico está baseado em leituras sobre a Sequência Fedathi (Borges Neto, 2013), que norteia metodologicamente o projeto, além de estudos sobre inclusão digital Borges Neto, 2007). Observamos neste trabalho que, a partir desta formação, a apropriação do CRID pela comunidade tornou-se significativa a partir do reconhecimento e da valorização daquele lugar, ajudando a construir ali a identidade do projeto no assentamento.