Document details

Boas práticas no uso de contracetivos em alunos do Instituto Politécnico de Bragança

Author(s): Loio, Duarte ; Festa, Eva ; Ferreira, Carlos ; Soares, Diana ; Fernandes, António ; Nascimento, Luís

Date: 2014

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10198/9715

Origin: Biblioteca Digital do IPB

Subject(s): Contracetivos; Estudantes; Ensino superior; Bragança


Description

A contraceção pode ser definida, simplesmente, como a prevenção voluntária da gravidez, permitindo afirmar que a eficácia das estratégias contracetivas depende, principalmente, da motivação dos jovens que a usa e sublinhar que nenhuma opção contracetiva é 100 por cento eficaz, fácil de usar e isenta de efeitos secundários.[1] Aliás, a contraceção não é um percurso linear, havendo oscilação de métodos de baixa e de alta eficácia e muitas vezes prevalecendo a não utilização de qualquer método. A questão passa, sobretudo, pela não consistência no uso dos métodos contracetivos, pois certamente ocorrem alternâncias de métodos conforme as relações sexuais se vão estabilizando ou quando novos relacionamentos se iniciam.[2] Objectivos Determinar o grau de conhecimento e o uso adequado dos métodos contracetivos. Comparar o conhecimento dos métodos contracetivos e o seu uso adequado tendo em consideração género, estado civil, escola e idade. Verificar se existe relação entre o conhecimento dos métodos contracetivos e o seu uso adequado. Determinar qual o método contracetivo mais utilizado pelos alunos do IPB. Material e métodos Esta investigação tem caráter quantitativo, transversal, comparativo (teste de Mann-Whitney-Wilcoxon para duas amostras; teste de Kruskal-Wallis para mais de duas amostras) e correlacional (teste de Spearman). A amostra foi recolhida nos meses de Outubro e Novembro de 2012 das escolas do IPB situadas na cidade de Bragança, recorrendo a um questionário de autopreenchimento. Para o tratamento dos dados foi utilizado o programa SPSS 20.0. Da amostra faziam parte 365 alunos que tinham, em média, 21 anos de idade (±2,47). A maioria era do género feminino (55,3%), solteira (97,3%) e frequentava o 2ºano (33,8%). A distribuição da amostra por escolas foi de 121 alunos da Escola Superior (ES) de Tecnologia e Gestão (33,2%), 102 da ESSaúde (27,9%), 102 da ESEducação (27,9%) e 40 da ESAgrária (11%). Resultados e discussão Verificou-se que a maioria dos alunos utiliza o preservativo (49,7%). O conhecimento sobre métodos contracetivos é, estatisticamente, superior (p = 0,000) na amostra relativa ao género feminino. No entanto, quando considerado o estado civil, não se registaram diferenças, estatisticamente, significativas (p = 0,581). Quando comparado o conhecimento sobre métodos contracetivos tendo em consideração a escola, registaram-se diferenças, estatisticamente, significativas (p = 0,000) tendo-se verificado que os alunos da ESSaúde detinham um nível de conhecimento mais elevado. Considerando a idade, pôde constatar-se a inexistência de diferenças no conhecimento acerca dos métodos contracetivos. (p = 0,016). Quanto às atitudes face ao parceiro e face a si próprio, estas são mais positivas no grupo dos indivíduos do género feminino (p = 0,008). No caso do estado civil, verificou-se a ausência de diferenças, estatisticamente, significativas (p = 0,694) nas atitudes face aos métodos contracetivos. Registou-se a existência de diferenças nas atitudes face aos métodos contracetivos quando a escola de origem é tida em consideração (p = 0,002). Os alunos da ESAgrária e da ESSaúde mostraram ter atitudes mais positivas. Considerando a idade, pôde constatar-se a inexistência de diferenças nas atitudes face aos métodos contracetivos (p = 0,304). Quanto ao estudo da correlação entre o conhecimento e o uso adequado dos métodos contracetivos verificou-se que é, estatisticamente, significativa (p = 0,033). No entanto, a correlação é fraca (0,115). Conclusões O conhecimento e a informação da sexualidade entre os jovens têm sido limitados por algumas sociedades. No entanto, devido ao desenvolvimento tecnológico relativo aos métodos contracetivos e os avanços no âmbito da saúde sexual, a informação disponibilizada é uma das melhores formas de aderir a um programa de prevenção. Daí que a orientação contracetiva deva consistir num trabalho educativo baseado na informação e conhecimento corretos e credíveis sobre a saúde sexual. As conclusões que podemos retirar dos resultados obtidos permitem-nos verificar que os alunos do IPB não aceitam correr riscos no que toca à sexualidade. Este facto pode derivar de já terem beneficiado de alguma educação sexual, mesmo que esta tenha sido meramente informal.

Document Type Conference object
Language Portuguese
Contributor(s) Biblioteca Digital do IPB
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Related documents