Document details

CONSENSUS||RECOMMENDATIONS OF THE PORTUGUESE SOCIETY OF ANESTHESIOLOGY FOR THE SCHEDULE OF ELECTIVE PROCEDURES AFTER SARS-CoV-2 INFECTION IN THE NON-OBSTETRIC ADULT POPULATION IN PORTUGAL || MARCH 2022


Description

A decisão sobre o momento de um procedimento eletivo após infeção por SARS-CoV-2 deve ser multidisciplinar, centrada no doente. Na avaliação do risco/benefício de um adiamento devem ser ponderados: risco de progressão da patologia de base; tempo decorrido após a infeção por SARS-CoV-2; risco infecioso; gravidade da apresentação clínica inicial da COVID-19; persistência de sintomas; estado clínico e de fragilidade; status vacinal. Esta informação deve ser discutida e incluída no consentimento informado, esclarecido e livre do doente (I C). Perante a suspeita clínica de COVID-19, todos os procedimentos eletivos devem ser reagendados, até exclusão de infeção por SARS-CoV-2 (I C). Perante contactos de alto risco, todos os procedimentos eletivos devem ser reagendados, para um momento posterior aos 14 dias após a data da última exposição (IIa C). Perante história de infeção por SARS-CoV-2: nenhum procedimento eletivo deve ser realizado durante o período infecioso (I B). Nos procedimentos eletivos não prioritários, recomenda-se o adiamento da cirurgia: 7 semanas, nos indivíduos sem esquema vacinal completo e imunocompetentes e que recuperaram de COVID-19 assintomática ou ligeira ( IIa B); 4 semanas, nos indivíduos com esquema vacinal completo e imunocompetentes e que recuperaram de COVID-19 assintomática ou ligeira (IIa C); Caso a caso, passadas 7 semanas, nos indivíduos imunodeprimidos ou que recuperaram de COVID-19 moderada ou grave ou crítica (I C); Devem ser considerados adiamentos subsequentes se persistência de sintomas (I B). Nos procedimentos eletivos muito prioritários e prioritários, a tomada de decisão sobre o momento do procedimento deverá considerar o risco/benefício caso a caso (I C). Deve ser incentivada a vacinação de doentes propostos para cirurgia eletiva que não tenham a vacinação primária completa e vacinação de reforço, se elegíveis pela Direção Geral da Saúde. Preferencialmente, o intervalo entre a última inoculação e o procedimento deve ser superior a 14 dias (I B). O isolamento antes de um procedimento eletivo não é recomendado. Devem ser evitadas situações de alto risco de contágio (I B).

The decision on the timing of an elective procedure after SARS-CoV-2 infection should be multidisciplinary, patient-centered. In assessing the risk/benefit of a postponement, the following should be considered: risk of progression of the underlying pathology; time elapsed after SARS-CoV-2 infection; infectious risk; severity of initial clinical presentation of COVID-19; persistence of symptoms; clinical status and frailty; vaccine status. This information must be discussed and included in the patient's free and informed consent (I C). If there is a clinical suspicion of COVID-19, all elective procedures must be rescheduled, until SARS-CoV-2 infection is excluded (I C). In the case of high-risk contacts, all elective procedures must be rescheduled, for a time later than 14 days after the date of the last exposure (IIa C). In the case of a history of SARS-CoV-2 infection: no elective procedure should be performed during the infectious period (IB) In non-priority elective procedures, it is recommended to postpone the surgery: 7 weeks, in individuals without a complete vaccination schedule and immunocompetent and who recovered from asymptomatic or mild COVID-19 (IIa B); 4 weeks, in individuals with a complete vaccination schedule and immunocompetent and who recovered from asymptomatic or mild COVID-19 (IIa C); Case by case, after 7 weeks, in immunosuppressed individuals or who recovered from moderate or severe or critical COVID-19 (I C); Subsequent postponements should be considered if symptoms persist (I B). In high-priority and high-priority elective procedures, the decision-making on the timing of the procedure must be taken analysing risk/benefit on a case-by-case basis (I C). Vaccination of patients proposed for elective surgery, who do not have a complete primary vaccination and booster vaccination, if eligible by the National Health Authority, should be encouraged. Preferably, the interval between the last inoculation and the procedure should be greater than 14 days (IB). Isolation before an elective procedure is not recommended. High-risk situations of contagion should be avoided (I B).

Document Type Journal article
Language Portuguese
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Related documents