Detalhes do Documento

Prediction of Hepatocellular Carcinoma in a Portuguese Population after Hepatitis C Cure: Comparative Accuracy of Noninvasive Tests (Transient Elastography, FIB-4, and aMAP).


Descrição

Introduction: Chronic infection with hepatitis C virus (HCV) causes 25% of hepatocellular carcinoma (HCC) cases worldwide, a major cause of morbimortality even after sustained virologic response (SVR). Universal screening to all patients with advanced liver fibrosis is currently recommended. A risk-based strategy could improve the detection rate of early HCC and diminish the surveillance burden. Although several risk prediction models exist, exclusion of a subgroup of patients from surveillance has not yet been recommended. The objective of this study was the comparison of the predictive accuracy of transient elastography, FIB-4, and aMAP for HCC in HCV patients after SVR in Portugal. Methods: This was a multicentric retrospective study including patients with HCV after SVR. Comparative, univariate, multivariate, area under the ROC (receiver-operating characteristic) curve (AUC), and Youden's J-statistic analysis were performed. Results: HCC incidence was 4.2% (1.3/100 patient-years) after a median follow-up of 31 months with inclusion of 337 patients. All patients had a liver stiffness measurement (LSM) before SVR (considered the baseline), but only 148 (43.9%) had a transient elastography after SVR. FIB-4 and aMAP post-SVR were calculated in all patients. Multiple parameters positively correlated with HCC, but only age and baseline transient elastography remained as independent predictors in the multivariate analysis. The optimal cutoffs for prediction of HCC were baseline transient elastography 13.7 kPa, post-SVR transient elastography 16.5 and 15.8 kPa (first and last measurements, respectively), FIB-4 1.6, and aMAP 58. Baseline transient elastography revealed a fair accuracy in predicting HCC (AUC 0.776, p < 0.001), with the cutoff of 13.7 kPa presenting a sensitivity of 85% and a specificity of 69%. Regarding patients who were F3-4 at baseline (n = 162), almost one-third had a baseline LSM ≤13.7 kPa (n = 51, 31.5%), an FIB-4 ≤1.6 (n = 50, 30.9%), and an aMAP score ≤58 (n = 48, 29.6%), and these cutoffs presented an NPV of 98%, 94%, and 96%, respectively, when considering HCC development. Conclusion: Transient elastography (FibroScan) before SVR was a fair predictor of HCC, being more accurate than FIB-4 and aMAP. Transient elastography values ≤13.7 kPa at baseline, FIB-4 ≤1.6 and aMAP ≤58 were the cutoffs considered of low risk for HCC in a Portuguese cohort of HCV patients after SVR with advanced fibrosis. aMAP score is a risk-based surveillance tool that could improve the current HCC screening strategy, but further validation is needed.

Introdução: A infeção crónica pelo vírus da hepatite C (VHC) causa 25% dos casos de carcinoma hepatocelular (CHC) em todo o mundo, uma causa major de morbimortalidade mesmo após a resposta virológica sustentada (RVS). Um rastreio universal a todos os doentes com fibrose hepática avançada é atualmente recomendado. Uma estratégia com base no risco poderia melhorar a taxa de deteção do CHC precoce e diminuir a carga do rastreio. Apesar de existirem diversos modelos de predição de risco, a exclusão de um subgrupo de doentes do rastreio ainda não foi recomendada. O objetivo deste estudo foi a comparação da capacidade preditiva da elastografia hepática transitória, FIB-4, e aMAP de CHC em doentes com infeção VHC após atingimento de RVS em Portugal. Métodos: Estudo multicêntrico retrospetivo que incluiu doentes com VHC após RVS. Foram realizadas análises comparativa, univariada, multivariada, área sob a curva ROC (AUC), e estatística J de Youden. Resultados: A incidência de CHC foi 4.2% (1.3/100 doente-anos) após um seguimento mediano de 31 meses com inclusão de 337 doentes. Todos os doentes incluídos apresentavam uma medição da rigidez hepática antes do atingimento da RVS (considerada a medição basal), mas a elastografia hepática transitória apenas foi repetida após a RVS em 148 doentes (43.9%). Os valores do FIB-4 e do aMAP no contexto pós-RVS foram possíveis de calcular em todos os doentes. Múltiplos parâmetros correlacionaram-se positivamente com o CHC, mas apenas a idade e a elastografia hepática transitória basal permaneceram como preditores independentes na análise multivariada. Os limiares ótimos para predição de CHC foram elastografia hepática transitória basal 13.7 kPa, elastografia hepática transitória basal pós-RVS 16.5 e 15.8 kPa (primeira e última medição, respetivamente), FIB-4 1.6 e aMAP 58. A elastografia hepática transitória revelou uma precisão razoável na predição de CHC (AUC 0.776, p < 0.001), com o limiar de 13.7 kPa a apresentar sensibilidade de 85% e especificidade de 69%. Relativamente aos doentes F3-F4 antes da RVS (n = 162), praticamente um terço apresentava uma elastografia hepática transitória basal ≤13.7 kPa (n = 51, 31.5%), score FIB-4 ≤1.6 (n = 50, 30.9%), e score aMAP ≤58 (n = 48, 29.6%), e estes limiares apresentaram um VPN de 98%, 94% e 96%, respetivamente, relativamente ao desenvolvimento de CHC. Conclusão: A elastografia hepática transitória (FibroScan) pré-RVS foi um preditor razoável de CHC, sendo mais preciso que o FIB-4 e o aMAP. Valores basais de elastografia hepática transitória ≤13.7 kPa, FIB-4 ≤1.6, e aMAP ≤58 foram os limiares considerados de baixo risco para CHC numa coorte de doentes Portugueses com VHC após RVS com fibrose avançada. O score aMAP é uma ferramenta de rastreio de CHC baseada no risco que poderá melhorar a estratégia atual, mas é necessária validação adicional.

Tipo de Documento Texto
Idioma Inglês
Contribuidor(es) Repositório da Unidade Local de Saúde São José
Licença CC
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Documentos Relacionados

Não existem documentos relacionados.