Autor(es):
Fernandes, Paulo ; Afonso, Cláudia ; Bico, Paula ; Bandarra, Narcisa ; Borges, Marta ; Carmona, Paulo ; Carvalho, Catarina ; Correia, Daniela ; Gonçalves, Susana ; Lopes, Carla ; Lourenço, Helena ; Monteiro, Sarogini ; Nabais, Pedro ; Oliveira, Luísa ; Santiago, Susana ; Severo, Milton ; Torres, Duarte ; Dias, Maria Graça
Data: 2024
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.18/9190
Origem: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde
Assunto(s): Consumo de Pescado; Metilmercúrio; Exposição Humana; Avaliação do Risco; Recomendações; Alimentação e Nutrição; Saúde Pública; Portugal; Europa
Descrição
Considerando que o consumo de pescado é uma fonte importante de exposição ao metilmercúrio, a Comissão Europeia recomendou aos Estados- -membros que estabelecessem recomendações para o seu consumo. Assim, tendo sido criado um grupo de trabalho, é objetivo deste artigo apresentar o trabalho desenvolvido para a elaboração das recomendações de consumo de pescado adaptadas à população portuguesa, tendo em conta o padrão nacional de consumo de peixe e as espécies consumidas. A definição das recomendações assentou na realização de um estudo de avaliação de risco-benefício associado ao consumo de pescado. Esta metodologia permitiu identificar dois grupos populacionais sujeitos a recomendações distintas: para a população em geral recomenda-se uma frequência de consumo de 4 a 7 vezes por semana e, para a população vulnerável, uma frequência de 3 a 4 vezes por semana das espécies com médio e baixo teor de mercúrio, devendo ser evitado o consumo das espécies com elevado teor de mercúrio. Estas recomendações foram divulgadas num evento público e deverão ser alvo de esforços adicionais para chegarem à população vulnerável, constituída por mulheres grávidas, mulheres a amamentar e crianças até aos 10 anos.